A DONA DO MATO
Sob o luar eu chego e me aconchego sob conforto do contato
E pelo alto apareço para mostrar meu apreço pela presença de um recomeço
Com mistérios e segredos que me deixo carregar pela vida sem um caminho do meio...
Com olhar penetrante hipnotizo aquele de alma vibrante
Para mostrar que no coração pulsante existe vida plena ao itinerante
Que adormecido pelas lutas não enxerga a beleza penetrante
Que ilumina seu caminhar em dias e noites anunciantes...
À silenciosos passos trago a verdade do alto
Para tecer a finos fios a manta do passado
Que pelo seus emaranhados se mostrou acanhado,
Mas como dona do mato eu lhe trago
A vida, o poder, o salto
Para que tudo lhe seja proporcionado
Sem medo, sem traumas e sem obstáculos
O poder feminino lhe é ofertado
Para penetrar ao corpo machucado
De um menino um tanto incomodado
Que busca em seu imaginário os passos
De um caminho um tanto bagunçado
Que de tão bárbaro grita por todos os lados
Mas por vezes se esquece que pelo silêncio
Que se manifesta a verdade do sábio.
Escrito em 19/12/2019