O Homem do Madeiro

O Homem do Madeiro

Eu vi o homem do madeiro sangrento

Ao tempo em que a dor me sufocava

E apesar das realidades tão distintas

Em algum momento provei dessa paz

Que suave pairava em nossos olhares

Que ferida mortal esta que desfalecia

Nossos ombros cansados, alma ferida

E a vazia sensação de ser abandonado

Pouca esperança para crer n’outro lado

E ainda assim respirando pelo amanhã

Eu era um ninguém e Ele o filho do Pai

Mas sentimos igual o peso deste lugar

O mundo a aceitar uma fome qualquer

Depois não haveria por que se queixar

No meio de todos, nossa dor legítima

Logo subiu para o seu lugar e sua cura

Enquanto levo anos para o meu reparo

Lembro bem no alto daquela montanha

A tragédia foi surpreendida com a vida

E outa história para nós tem sido escrita

Victor Cunha

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 10/11/2022
Código do texto: T7647093
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