O Homem do Madeiro
O Homem do Madeiro
Eu vi o homem do madeiro sangrento
Ao tempo em que a dor me sufocava
E apesar das realidades tão distintas
Em algum momento provei dessa paz
Que suave pairava em nossos olhares
Que ferida mortal esta que desfalecia
Nossos ombros cansados, alma ferida
E a vazia sensação de ser abandonado
Pouca esperança para crer n’outro lado
E ainda assim respirando pelo amanhã
Eu era um ninguém e Ele o filho do Pai
Mas sentimos igual o peso deste lugar
O mundo a aceitar uma fome qualquer
Depois não haveria por que se queixar
No meio de todos, nossa dor legítima
Logo subiu para o seu lugar e sua cura
Enquanto levo anos para o meu reparo
Lembro bem no alto daquela montanha
A tragédia foi surpreendida com a vida
E outa história para nós tem sido escrita
Victor Cunha