A alma dos versos
O modo pelo qual me expresso
Cinzelando o meu pensamento
Vai me esculpindo a cada verso
Qual já se espalhando ao vento
Meu verso, que mais reverbera
Nunca se prende a uma esfera!
Vai livre, solto pelo firmamento
Se preso, então não se espalma
Não quer ouvir em seu lamento
O verso que contempla a palma
Meu verbo qual mais reverbera
Que não pertence a esta esfera.
Procurando céu e as tormentas
E nas brisas que sopram calmas
E nas tempestades barulhentas
É por onde habita a minha alma
Meu verso, que mais reverbera
Nunca se prende a uma esfera!...
Juninho Correia