BOTAS
Ele me mostra
A loucura que sou
E busco esconder
Ele grita em forma de murmúrio
Para a parte mais aflita da minha alma
Que pede para deixar soltar
Voar num vôo livre
De braços abertos
É a Casa na Montanha
Encontrando suas maneiras
De se revelar ao mundo
Dentro e fora
A gente compartilha
Daquela insanidade sadia
Que só os loucos
E puros de coração
Conseguem adentrar
Eu te reconheço
Eu me reconheço em ti
E devolvo no olhar
E no gesto
A mais promissora
Das partes que me cabem
Explodir num abraço
No gozo da vida
Num suspirar sincrônico
E melódico
Em marcha harmônica
A gente constrói
Novos sonhos
E tece a teia da vida.