Zé Pilintra

Salve "Zé" das madrugadas,

Vigilante das calçadas,

Dê-me um banho de Abô.

Zé Pilintra da madruga,

Minhas lágrimas, enxuga,

Yorubá yorubô.

Faça um passe para mim,

Traga a planta do Ossain,

E um prato com Maná.

Bom malandro, Zé Pilintra,

Sua fala é sucinta,

Seu chapéu é Panamá.

Com dialeto Kimbundo,

Gira estrada, gira mundo,

Traz o Babaluayê.

Com o "Seu Zé" e Yansã,

Saio da febre terçã,

Pra curar no Canjerê.

Anda alinhado, em flanco,

Com o sapato rubro-branco,

Com um senso bom, sagaz.

É vermelha a gravata,

Livra todos das bravatas

Sua benção é a paz.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 19/08/2022
Reeditado em 19/08/2022
Código do texto: T7585672
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