Zé Pilintra
Salve "Zé" das madrugadas,
Vigilante das calçadas,
Dê-me um banho de Abô.
Zé Pilintra da madruga,
Minhas lágrimas, enxuga,
Yorubá yorubô.
Faça um passe para mim,
Traga a planta do Ossain,
E um prato com Maná.
Bom malandro, Zé Pilintra,
Sua fala é sucinta,
Seu chapéu é Panamá.
Com dialeto Kimbundo,
Gira estrada, gira mundo,
Traz o Babaluayê.
Com o "Seu Zé" e Yansã,
Saio da febre terçã,
Pra curar no Canjerê.
Anda alinhado, em flanco,
Com o sapato rubro-branco,
Com um senso bom, sagaz.
É vermelha a gravata,
Livra todos das bravatas
Sua benção é a paz.