Oh, não te digas. Não te digas de mim!
Oh, não te digas. Não te digas de mim
Não corra o risco de que sejas pior
Apesar de que nada será, deixe assim
Não te digas de mim, não seja menor.
Pra que tua batina, tua cruz sem valor
Pra que a mentira, não te digas de mim
Fiel a teus prazeres - Ou tormentos, melhor -
Não mintas, não o seja pra sempre assim.
E pensar que um dia, enganado, eu era
A criança que ali lhe contava meus segredos
E pensar que ao contar minha diva de vera
Era enclausurado, preso entre meus medos.
Somente na morte lhe encontrarás... e fim!
De valor nulo, será sempre tu e tuas irmãs
Oh, verme! Pra que mentir, pra que assim
Se és, por tudo, a própria imagem de Satã?