REI DA BOEMIA
De chapéu branco com fita vermelha,
Lá vem ele descendo a ladeira,
É o grande mestre da juremeira
Vindo para ao seu povo abençoar.
Pegue uma dose de pinga
Que Zé Pilintra está para chegar.
Eterno rei da boemia,
Dançando regenera energias
Trazendo alegrias no seu balançar.
Dizima todo o mal desse mundo
Com a fumaça de seu fumo
E com o seu gargalhar.
Dá licença, que o Zé vai passar,
É melhor andar na linha
Quando os dados ele jogar,
Se não quiser a vida atrasar.
E vê se respeita a boemia
Que a malandragem não é bagunça,
Não é por ser de vida noturna
Que a desordem reinará.
Nunca tente lhe enganar
Se para trás não quiser ficar.
Seja bom e tenha fé,
Ande com humildade
E terá a lealdade do seu Zé,
Afinal, sabe como é,
É como dizia Bezerra, né:
Malandro é malandro
E mané é mané.