EQUILÍBRIO

Em minha reclusão, me pego

vasculhando as gavetas d'alma.

Nas escritas da vida vejo que o

passado me talhou pelos

acontecimentos, pelo convívio nas

intempéries e nas calmarias das

relações.

Na ação dos anos, "me fiz" no

espelho da sanidade...

da consciência humana.

Nesse labirinto de tempos idos me

encontrei em páginas de dores e

sofrimentos, também de depuração

e alívio, em momentos de amores e

prazeres, me fazendo no equilíbrio

das relações e da existência.

Hoje tenho a paz e o discernimento

de saber que tudo existe no

seu tempo.

Há o tempo da curiosidade

infantojuvenil, do aprendizado no

conflito do impulso jovial...

Das dores e das alegrias,

das decepções que nos amadurecem,

do bem-estar que nos resplandecem.

No curso da vida, trago o

aprendizado de que, na agregação

de valores, nos erros e acertos, nos

tropeços, nas decepções ou na

satisfação do acontecido, o mais

importante é ter a leveza da

aceitação para assimilar os

propósitos da caminhada.

Assim a paz não dá lugar ao

terreno sombrio da loucura.

Me amo!

O amor próprio é o espelho do amor

ao semelhante.

Me aceito nos meandros do desígnio,

com mais prazer e menos dor.

Assim é o curso natural da vida

terrena para a transição da alma.

Sigo os meus passos...

Na convivência dos homens!

Na depuração do espírito!

JM 16/03/22

Jadir F Macedo
Enviado por Jadir F Macedo em 21/05/2022
Código do texto: T7520655
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