EXÍLIO

A minha alma pede exílio nos bosques

Procuro meu descanso nos vales

E me banho nas suas cachoeiras rústicas

Encantadas, belas e místicas.

 

Encontro-me com o segredo das matas,

E me purifico no sussurro das suas cascatas

Que me abraçam com o seu silêncio;

Sinto que aos poucos me distancio

 

E tudo ao meu redor vai ficando diferente

Lágrimas que rolam como uma torrente;

Vou me libertando das amarguras vividas

As imagens corpóreas vão sendo refletidas

 

No mágico cenário visual da vida;

Uma sensação de leveza enternecida

Me invade transformando o meu ser

Então vejo um novo caminho florescer.

 

Na câmara lenta das minhas reflexões

Despeço-me das minhas ilusões

Sinto que a chama ardente que me aqueceu

Já não é mais a mesma, arrefeceu.

 

Estou no campo das flores que semeei

O meu tempo passou não mais voltarei

A minha travessia foi curta e fugaz;

Adormeço, no aroma dos sândalos da paz.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JValdomiro
Enviado por JValdomiro em 13/05/2022
Código do texto: T7515659
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