A NOITE DA SOLIDÃO...
A NOITE DA SOLIDÃO
Ele se recolheu em oração na escuridão do monte!
Silente, Ele na sua solidão, pôs-se de joelhos
Sobre a pedra, e olhou pra cima fitando seu Pai em
Quem confiava e se abandonava na agonia daquela hora!
E disse em profunda agonia: - “Pai afasta de mim esse cálice”!
Ele suou sangue na antevisão de sua morte na Cruz!
Sentiu-se só, nos limites humanos! Mas seu Pai o amparava!
Chegaram os guardas, que O prenderam, e O levaram!
Suportou a dor da traição daquele beijo do seu amigo...
E disse: - “Sou eu, a quem procuráveis”!... E se entregou
Pacificamente como um cordeiro indo para o matadouro!
Era noite alta... E levaram-no ao injusto julgamento!
De madrugada, bateram-lhe, cuspiram-lhe, cravaram-lhe
Na cabeça a coroa de espinhos com profundas dores!
Amarrado ao cepo foi chicoteado e escarnecido!
O dia amanhecia, e Ele exausto e debilitado aguentava
Os horrores daqueles momentos de solidão... O Cordeiro
Sofria só, e indefeso nas mãos dos seus algozes inimigos!
No silêncio de sua solidão, Ele sentiu sobre seus ombros
Os nossos pecados, que O castigavam, e o agoniavam!
O peso do mal, que se aproximava consolidava sua missão...
Ele sabia, que em breve estaria tudo consumado...
E, que, nas mãos do Pai Ele entregaria o seu espírito!
A natureza chorava! Estava tudo “aclamado”...
Jose Alfredo