DERRADEIRA HORA
Somente a morte
Apaga o tempo de vez...
Após: O “desconhecido”.
Mas, enquanto é tempo, o que é que se fez?
Apenas o cálculo do tempo perdido!
Enquanto vagas pelas horas
Sobra vaga para o labor
O que se fez de folga ficou de fora
Na última hora pra trabalhar para o Amor!
Pelo tanto de tempo que te assenhoras
Na paralisia da comodidade
Urge a labuta, mas insano demoras
Na última hora pra trabalhar para a caridade!
Com tanto ódio que perto ainda mora
A espelhar tirania que o amor desfaz
Ignoras o dia e a vontade penhoras
Na última hora para lutar pela Paz!
Na defesa das grandes causas
Não importa “a hora” que a vida empresta
Prevalece o “agora” sem trégua, sem pausa
Ao trabalho no tempo que ainda resta.
“Arregaçar as mangas” é usar da boa vontade
Sem aguardar concurso alheio, ou outros favores
É usar as bênçãos da vida, do trabalho, da vitalidade,
Na seara do Mestre como exímios trabalhadores!