MÁSCARAS DO MEDO
Há um medo espalhado por todos os cantos
Multidões se arrastam com suas correntes
Entrelaçados até o fim de todos os prantos
Indivisível desespero refletem de suas lentes
Máscaras escondem o verdadeiro sentimento
Uma falsa miragem camufla um futuro obscuro
Formam-se as grandes fileiras no firmamento
Um cenário que antecede a luz no túnel escuro
Incertezas se expandem e o medo ganha espaço
No âmago, o filme de sua derradeira encarnação
Decifrando-se a insensatez sobreposta à razão
Bate um coração torturado pelo embaraço
Percebe-se uma alma livrar-se de suas algemas
Na espera de descrever o amor em seus poemas
(Simone Medeiros)