Mandinga

Sou Malungo, bravo e forte,

Sou da África do Norte,

Preto Velho de Nanã.

Eu sou filho de Oxossi,

No terreiro, tomo posse,

De Ogum e Iansã.

Sou do bem, sou mandingueiro,

Bate-cabeça, maneiro!

De Omulu e Oxalá.

Sou um mestre na umbanda,

Quem gira recebe e manda,

No terreiro de Oyá.

Carregando a minha pinta,

Com a paz do Zé Pilintra,

Me ofereço ao candomblé.

Babaluaê matreiro,

É amigo de terreiro,

Eu não caio, fico em pé.

Sendo assim, bato cabeça,

E que o mal não apareça,

No sagrado ritual.

Vou ficar neste terreiro,

Com Xangô, meu companheiro,

E pular no vendaval.

São Cosme e São Damião,

Iluminam o coração,

Do Menino de Angola.

Ele quer mel, bala e doce,

Com candura e com afrouxe,

Pra não ter Remandiola.

Com o fervor de Oxumaré

Deixo aqui o meu Axé

Com ternura e amor.

Com as lanças de Ogum,

Com as rezas de Oxum,

Desfazendo toda dor.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 29/01/2022
Reeditado em 31/01/2022
Código do texto: T7440556
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