Mandinga
Sou Malungo, bravo e forte,
Sou da África do Norte,
Preto Velho de Nanã.
Eu sou filho de Oxossi,
No terreiro, tomo posse,
De Ogum e Iansã.
Sou do bem, sou mandingueiro,
Bate-cabeça, maneiro!
De Omulu e Oxalá.
Sou um mestre na umbanda,
Quem gira recebe e manda,
No terreiro de Oyá.
Carregando a minha pinta,
Com a paz do Zé Pilintra,
Me ofereço ao candomblé.
Babaluaê matreiro,
É amigo de terreiro,
Eu não caio, fico em pé.
Sendo assim, bato cabeça,
E que o mal não apareça,
No sagrado ritual.
Vou ficar neste terreiro,
Com Xangô, meu companheiro,
E pular no vendaval.
São Cosme e São Damião,
Iluminam o coração,
Do Menino de Angola.
Ele quer mel, bala e doce,
Com candura e com afrouxe,
Pra não ter Remandiola.
Com o fervor de Oxumaré
Deixo aqui o meu Axé
Com ternura e amor.
Com as lanças de Ogum,
Com as rezas de Oxum,
Desfazendo toda dor.