“CONTEMPLAÇÃO”.

Quando eu aqui,

Mesmo estando aflito,

Posso olhar o infinito,

Que está enfim além.

E as maravilhas,

Posso admirar distante.

Luzes infindas cintilantes,

Que Deus conhece tão bem!

Como é lindo,

Contemplar o firmamento,

Que julgo serem os aposentos,

Das miríades celestiais.

Sendo quem sabe,

Cortinas de um azul celeste,

Que pelos cristais se reveste,

Parecendo tão reais!

Posso sentir,

A insígnia de imenso amor,

Que emana de um criador,

O senhor do universo,

Trazendo aqui,

A mais completa esperança.

A um mundo sem heranças,

E sequestrado confesso!

É esse amor,

Que vence tudo e o tempo,

E sufoca os sofrimentos,

Faz-nos tudo superar.

Fecho os olhos,

E assim vejo os céus abertos,

Sinto que Deus está perto,

Sempre a nos observar!

Desnudo e limpo,

Contemplo céu Majestoso,

E um lindo aspecto formoso,

Vindo aos olhos encher.

Com alegrias,

Num surto de felicidades,

Já contemplo a eternidade,

Sentindo a nos pertencer!

Sinto-me eufórico,

Mesmo em frágil criatura,

Percebendo que a doçura,

Desse amor me invadiu.

E nas alturas,

Reina enfim quem esperamos,

O salvador que aguardamos,

E um dia daqui subiu!

Que alegria,

É poder ter a certeza,

Que em breve a tristeza,

Em nós não terá lugar.

E a esperança,

Que neste mundo é escassa,

Virá a nós como a graça,

Aos corações consolar!

E cada dia,

Sentimos que está perto,

Podemos ficar despertos,

Que o senhor logo vem,

Quanta doçura,

Percebemos em seu cuidado,

Por sermos por ele amados,

Da concepção além!

Posso entender,

Quem o senhor vela por nós.

Mesmo sem ouvir sua voz,

Sentimos sua presença.

A todo instante,

Tão cheio de compaixão,

Segura enfim nossas mãos,

Enche-nos de confiança!

Movidos somos,

De uma imensa gratidão,

Debruçamo-nos em oração,

Em termos agradecidos!

Feliz por fim,

Por amar-nos abertamente,

Sem nos cobrar certamente,

Por vezes tê-lo traído!

Um amor assim!

Não tem como não aceitar,

Nem a amplidão embotará,

Um amor desse tamanho.

Se Ele nos tem,

Registrados em suas mãos,

Nas páginas de seu coração,

Nenhum de nós é estranho!

A infame insensatez,

Todos nós temos de sobra,

Mas nada disso nos cobra,

Nos ama do mesmo jeito.

Embora sendo,

De minúsculos pensamentos,

Pra o nosso maior alento,

É sermos filhos eleitos!

Cosme B Araujo.

04/01/2022.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 05/01/2022
Código do texto: T7422518
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