DISTANTES DA PAZ
A paz é improvável
Porque o homem insaciável
Com o que tem não se contenta.
Quer estender seus domínios
Pela febre do fascínio
Ao poder e glória que o alimenta.
Enquanto choro e convulsões
Campeiam envolvendo corações,
Estagnam-se outros valores.
Florações de diversos matizes
Perdem a beleza deixando os infelizes
No inverno de tantas dores.
Bradam outras vozes unidas
E as velhas estruturas são estremecidas
Com os apelos de: PACIFICAÇÃO!!
Tramando no anonimato
E indiferentes diante dos fatos
As criaturas anulam-se entre os choques da ambição.
Passam-se os séculos atormentados
Sob a égide de tiranos dementados
Impondo severas leis
Homens de ideais renovadores
São aplacados como conspiradores
Junto com a incipiente paz que se fez.
O peso das horas traz o balanço do tempo
E a solidão é o débito que bem lento
Desarma as resistências.
No campo minado nasce a flor da humildade
E a criatura exercitando a boa vontade
Anseia pela Paz na própria consciência.
Prevalecerá, porque o que importa
É o brilho da esperança que transporta
Ao “lixo” da história todo ódio e poder.
Não mais o interesse egoísta e indecente
Que simula uma paz momentânea e aparente
Impedindo a criatura de se aprimorar e crescer.
A guerra se encerra
Pelo predomínio na Terra
Da paz, que latente o homem traz
Como instrumento reconstrutor.
Cada pequeno gesto junta-se ao grande todo que se completa
À serviço da grande meta:
Um novo e definitivo tempo de Paz e Amor!!!