DISTANTES DA PAZ

A paz é improvável

Porque o homem insaciável

Com o que tem não se contenta.

Quer estender seus domínios

Pela febre do fascínio

Ao poder e glória que o alimenta.

Enquanto choro e convulsões

Campeiam envolvendo corações,

Estagnam-se outros valores.

Florações de diversos matizes

Perdem a beleza deixando os infelizes

No inverno de tantas dores.

Bradam outras vozes unidas

E as velhas estruturas são estremecidas

Com os apelos de: PACIFICAÇÃO!!

Tramando no anonimato

E indiferentes diante dos fatos

As criaturas anulam-se entre os choques da ambição.

Passam-se os séculos atormentados

Sob a égide de tiranos dementados

Impondo severas leis

Homens de ideais renovadores

São aplacados como conspiradores

Junto com a incipiente paz que se fez.

O peso das horas traz o balanço do tempo

E a solidão é o débito que bem lento

Desarma as resistências.

No campo minado nasce a flor da humildade

E a criatura exercitando a boa vontade

Anseia pela Paz na própria consciência.

Prevalecerá, porque o que importa

É o brilho da esperança que transporta

Ao “lixo” da história todo ódio e poder.

Não mais o interesse egoísta e indecente

Que simula uma paz momentânea e aparente

Impedindo a criatura de se aprimorar e crescer.

A guerra se encerra

Pelo predomínio na Terra

Da paz, que latente o homem traz

Como instrumento reconstrutor.

Cada pequeno gesto junta-se ao grande todo que se completa

À serviço da grande meta:

Um novo e definitivo tempo de Paz e Amor!!!

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 21/11/2021
Código do texto: T7390716
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