ALMA BENFAZEJA

ALMA BENFAZEJA

A alma que doa-me

o que escrevo, às vezes

não é minha alma;

é outra alma, sensível

ao que escrevo;

quando aceito a doação

que também me acalma.

Gosto de doar minha

essência pela arte escrita;

a arte que semeia

o meu evoluir, que me edifica;

a arte que emerge genuína,

de minha alma bendita;

a mesma essência,

a emergir de outra alma,

que, da mesma forma,

doa-me a arte

que me qualifica.

Importo-me em escrever,

sobre o que doa-me

qualquer alma benfazeja;

ciente de que minha arte escrita,

retrata o servir caritativo;

alegro-me, por entrevê em sonho,

o gesto humilde de Chico,

doando-me fluidos de sua

luz espiritual que me viceja;

bem como me nutre

do bem moral regenerativo.

Só não quero doar,

o que não faz bem,

nem ao próximo nem a mim;

sei que minha alma doa,

o seu modo simples de amar;

assim como a abelha

sente-se feliz,

porque lhe doa o néctar,

o cheiroso jasmim,

sinto-me bem,

com o que minha alma me doa,

com o que outra alma me doa,

todo o bem que,

pela arte que escrevo,

eu possa, tão espontâneo, doar.

Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 17/11/2021
Código do texto: T7387376
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.