TEORIA DOS GRAFOS
Sobre o tablado da esquina, vi tanta gente que perdi a conta,
Vi menino, vi menina, entre graduado, o ensebado,
Feito mosca tonta o delinquente com histrião eu vi,
o santificado e sacristão, O indigente e outros mais também vi...
Foram tantos os ensoberbados, os crentes e dementes,
Todos da mesma laia, consoantes ao mal que avizinha,
Nem rei e nem rainha escaparam desse lote infernal.
Que mal inicia, sevicia e propicia tanta dor,
Sem clamor nem nada, pelo sinal da besta inoculada,
Proclamam-se cristãos, ao Divino Deus tementes,
Nem na apocalíptica verdade o viandante sorveu,
E por aí segue, prossegue num caminhar de horror,
Porque depois o torpor a todos dominará,
Determinando quem fica e quem vai,
E nesse vai e vem complexo, sem nexo, com incerteza,
Por crueza, perde-se o ânimo, esmorecido e sem vontade,
Sem obter o triunfo, restando senão, ao soçobrar,
Arrastando consigo metade do mundo nessa desastrosa refrega...
No ritual de entrega, pouco sobra de verdade e por veleidade,
A dor somente resta, sem teoria dos grafos, o fim...
Carlos Lira.
Apocalipse 13:16-18
16Também obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa,
17para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome.
18Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Seu número é seiscentos e sessenta e seis.