POESIA SURREAL
UM SONHO ACORDADO
Agora são duas horas da madrugada e sonho acordado
Divagações tomam-me de assalto pairando nos ares de
Um infinito e imenso céu bordado de cintilantes estrelas
Moldura de um divino quadro... Levito e fito a imensidão
Ao meu redor!... Num canto e, só, a lua prateada no seu
Brilhante silêncio ilumina os meus sonhos acordados e
Convida-me ao namoro num romance sideral!
De repente e de surpresa os Anjos tocam com destreza
Suas harpas cânticos celestes parecendo saudarem-me
Voando sobre coloridos tapetes e tocando sinetes preparando
A recepção da Mãe Rainha com sua coroa de doze estrelas...
Que vem ladeada por outros pequenos anjos querubins e serafins...
Pelas alamedas floridas de um belíssimo jardim!
Outra multidão de santos entoam hinos de glória saudando-A.
Meu êxtase tomou-me por inteiro quando todos perfilaram-se
Na recepção do Todo-Poderoso Pai Criador tendo ao seu lado
O Filho Salvador envolvidos numa fortíssima luz com estrondos
De trovões e relâmpagos fulgurosos que riscavam os céus, e
Como troféus de uma imensa vitória celebravam sua glória!
Ante aquela divina manifestação fui tomado por uma grandiosa
Sensação de pertencimento de graças e bênçãos copiosas!
Cenário de uma espetacular abóboda invadem minhas divagações!
Entre sons de harpas, luzes reluzentes, suaves movimentos angelicais,
Trovões e raios chispando o divino céu àquele que reina com poder
E infinita glória, eu levitava num confortável carpete, que dançava
Suavemente quando um ente santo dirigiu-se a mim olhando-me
Fixamente, me diz: “Aqui é o seu destino e isto é apenas o redil onde
As ovelhas reconhecem o seu Pastor”!... Nosso Rei vem nos visitar!
Então, num estalo voltei num assombro, à minha realidade e vi que
Apenas com bondade, fé, esperança, oração e caridade posse
Terei o direito de almejar toda essas maravilhas de um imenso céu
Sob a proteção, misericórdia e bênçãos do Criador, do Unigênito, da
Mãe Rainha, dos Anjos e dos Santos da Jerusalém celeste!
Então, acordado em minha realidade, fiz minha pequena oração,
E adormeci na paz do Paráclito e cheio de esperança no coração!
Jose Alfredo