Quando eu me for...
E quando me for?
O que restara?
Terei devolvido minha veste carnal,
Aquela que tomei emprestada...
E ela tornar-se-á nada,
E passara a fazer parte do todo...
Será minha inexistência existencial,
Ou minha existência inexistencial...
Apenas um paradoxo,
Um final num inicio e um inicio no final...
Mais, quando eu me for?
O que restara?
Restarão meninos,
Que hão de tornarem-se melhores homens...
E homens velhos,
Que agora dormirão em paz...
Pois, não mais hão de incomodar-se,
Com as coisas que tentava fazer certo...
E roubava lhes teu sono,
Por gostarem do viver acomodado...
Quando eu me for?
Restara muita coisa,
Mais não para mim...
Muitas sementes plantadas,
Frutos para colheita do futuro...
Algumas que vi onde plantei,
Outros que plantei e nem percebi...
Alguns para quem falei,
E outros que se fizeram me ouvir...
Quando eu me for,
Apenas irei...
Chegando mais uma vez,
Onde eu deva ir...