A VIDA NA SUA TEIA E FRAGILIDADE
A vida....
Ela pulsa
Por aí
No seu movimento
Em toda sua dimensão
E na sua imensidade.
A vida que está em nós
Seres humanos
E nas outras espécies
E que vai de uma abelha
Uma borboleta
Uma formiga
Passando por uma flor
Até ao elefante
Na sua cadeia
E em toda sua biodiversidade.
Vida que está no passarinho – que voa, e
que canta, livremente
E vida que está na árvore.
Vida que está nos rios
Que está no mar
E até mesmo numa semente
No milagre da semente
E na sua fecundidade.
Vida que muitas vezes
Se faz invisível
Diante dos nossos olhos
E que já não pode ser vista
A olho nu
Mas que está lá
Na sua veracidade.
Vida que está num olhar
Que está num sorriso
Num aperto de mãos
Num abraço caloroso
Num gesto de amor
De ternura
E de afetividade.
Vida que está no útero da mulher
Que gesta o filho
E que carrega a vida dentro de si
E que amamenta
E que alimenta
E que carrega o filho nos braços
E o aconchega no colo
Na delicadeza de mãe
E na sua singular capacidade.
Vida que brota do chão
E que nasce até mesmo no asfalto
Em cima de uma pedra
Na dureza do concreto
Em meio ao pedregulho
E à rudeza
Num pouco de terra que seja
Contrastando com tudo isso
Trazendo verde
E trazendo vida
Na sua tenacidade.
Vida que, diariamente
Pelo mundo
Vida afora
Do nascer ao pôr do sol
E até mesmo na madrugada
Se tece
Se faz
E se refaz
E acontece
Na sua expressividade.
Vida que luta
Vida que sofre
Vida que sente
Vida que segue
Que se forma
Que se transforma
Vida que morre
E vida que vive
Na coletividade.
É a vida com os seus mistérios
Com sua beleza
Com o seu encanto
Com sua magia
Com sua poesia
E com sua pluralidade.
É a vida na sua teia
Em cada fio que se enleia...
E na sua fragilidade !