AVENTURA II
AVENTURA II
Medito no silêncio
de minha solidão,
que a vida carnal
é uma finita aventura;
mas o Espírito a continua
na outra dimensão,
no corpo fluídico
que nele perdura.
Então, para o Espírito,
é uma peripécia incessante,
por causa de sua vida,
que é infinita;
embora na fase inferior,
essa aventura
lhe seja angustiante,
porque o mal lhe impede
de se dedicar
à vida bendita.
Entretanto,
se vejo nos espelhos
das encarnações passadas,
inúteis aventuras
por labirintos
desventurados;
mas os novos espelhos
também me revelam
as aventuras renovadas,
em vindouras
encarnações
por labirintos regenerados.
Movido pela experiência
em contínuas aventuras,
o Espírito vence a morte,
e segue vivo
em sua senda evolutiva;
deixa no túmulo
o corpo morto,
que não mais lhe encarcera;
porque voa livre
no perispírito,
em seu propósito
de vida moral,
tanto mais eterna
quanto mais altiva.
Adilson Fontoura