Última palavra? Jamais!

Última palavra? Jamais!

Ainda não foi dita

talvez nem seja escrita,

pois somos imortais.

O Espírito sobrevive

e continua a jornada

de forma desencarnada

livre, fora da carne,

quando despido da máscara

mostra-se tal qual é

com muita ou pouca fé

diante de si, cara a cara.

O corpo jaz sob a campa,

é apenas um detalhe,

ossos, pele e carne;

não condiz mais com pompa.

Livre de todos os laços

o Espírito alça seu voo

buscando o reencontro

carente de saudosos abraços,

pois cada partida é renascer

para alcançar nova meta,

nem sempre em linha reta,

haverá novo amanhecer.

©Bispoeta