IRÔKO: O Guardião da Gameleira Sagrada

Das garras da grande tristeza

Recorro aqui neste momento

Às forças da boa mãe natureza

Para vir me livrar do tormento.

Invoco também com presteza

Ao guardião do espaço-tempo.

Enki: Leão Alado da Mesopotâmia

Deus do início e fim espiritual.

O meu Anúbis do Egito Antigo.

Do Vale da morte - O Chacal

Ou Irôko Olúwère, deus Yorubá

Do início da vida ao cíclo final.

Assim, conclamo a Êsse Orixá

O Senhor da Árvore Sagrada!

Onde já enlacei o meu Ojá...

De renda branca e enfeitada

Conto até Odú ègìlá Seborá.

E me entrego pra ser curada.

Das cascas das suas raízes

A minha infusão especial

Preparo em dias de crises

E ofereço ao Senhor do portal

Pra afugentar os dias infelizes

Deste meu ser espiritual.

Vos peço, ó Grandioso Irôko!

Livrai-me do medo do efisilé

Me empresta o poderoso Ikó

Pra trazer de volta ìretí a Ayê.

Devolva-me a sua doce Irepó

E venha purificar o meu ajé.

Porém, minha mãe Gameleira

Meu èmí já tem tons violetas

Do fim do ciclo, ó mensageira

Guardiã do destino, és ascetas!

Leve-me então, à sua maneira,

De volta ao Orum dos Poetas.

Saudação:

Irôko Issó! Irôko kissilé

Salve Grande Irôko! O Senhor de todas as árvores!

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 10/04/2021
Reeditado em 18/04/2021
Código do texto: T7228271
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