Encruzilhada (o encontro do profano com o sagrado)
Perdeu a hora, escureceu,
Aperta o passo no destino.
O sinal da cruz na encruzilhada.
Deu meia noite, o galo canta.
Chapéu, cigarro e terno branco.
Fé em Deus, nos orixás,
Sinal da cruz e oração.
Para o sagrado, dê Joelhos.
Para o profano, só o pecado.
Após as seis, ave Maria!
Se meia noite, vem a fobia.
Se alma penada, a correria !!
Tá no alguidar a oferenda,
Pinga charuto, a merenda.
A vela acessa, há luz que guia,
Cura
Dinheiro
Feitiçaria
Alma penada, obsessão.
Anjo da guarda, pra salvação.
Já badala o sino na igreja,
Apruma o passo, axé, amém.