Meu batismo de Iyàmì Ajé

Em vida ligo-me à água

À terra ligo-me em morte

Meu culto afugenta mágoa

Apelo: mudai minha sorte!

Benza-me ó Mãe Nanã!

Faça-me uma Iyamí Ajé!

Abençoe esta sua abiã!

Me ajude a ser gbèdé!

Dai-me ó Grande Orixá!

O segredo do abòmalé!

O poder da grande Dawá

Pra poder ver meu adufé.

Com o Ijexá do afaiyá

De Mãe Nanã Baruquê

Lhe ofereço essa adurá

Apresento o meu dòbálê.

Rogo-te! Ó Mãe Sant'Ana!

Senhora dona da terra!

De Oxalufã a soberana

O criador que não erra.

Interceda junto a Ogum.

Pra devolver o meu abó.

Recorre ao grande Olorum

E peça por meu akóró.

Que já foi meu akogun.

Para ser leve na akiló.

Dizem que sou feiticeira... mas só rogo à Nossa Senhora... ( Frase inspirada na Música angolana de Waldemar Bastos - Muxima)

Seja leve na despedida...

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 11/03/2021
Reeditado em 18/03/2021
Código do texto: T7203922
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