Meu batismo de Iyàmì Ajé
Em vida ligo-me à água
À terra ligo-me em morte
Meu culto afugenta mágoa
Apelo: mudai minha sorte!
Benza-me ó Mãe Nanã!
Faça-me uma Iyamí Ajé!
Abençoe esta sua abiã!
Me ajude a ser gbèdé!
Dai-me ó Grande Orixá!
O segredo do abòmalé!
O poder da grande Dawá
Pra poder ver meu adufé.
Com o Ijexá do afaiyá
De Mãe Nanã Baruquê
Lhe ofereço essa adurá
Apresento o meu dòbálê.
Rogo-te! Ó Mãe Sant'Ana!
Senhora dona da terra!
De Oxalufã a soberana
O criador que não erra.
Interceda junto a Ogum.
Pra devolver o meu abó.
Recorre ao grande Olorum
E peça por meu akóró.
Que já foi meu akogun.
Para ser leve na akiló.
Dizem que sou feiticeira... mas só rogo à Nossa Senhora... ( Frase inspirada na Música angolana de Waldemar Bastos - Muxima)
Seja leve na despedida...
Adriribeiro/@adri.poesias