Nas Giras de Preto Velho

Não temo vivo nem morto

Meu corpo é sempre fechado

Eu rezo um tantinho torto

Mas meu pai é bem chamado.

Visto meu corpo de branco

Faço "Giras" batendo palmas

O meu Saravá é franco

E sigo a "Linha das almas".

Canto para Oduduwá

E o grandioso Olorum

Em busca do meu afaiyá

E conquistar meu Ogum.

Diante do Bade Nagô

Danço sob o meu Ijexá.

Chamo o meu Ogodô.

Pois sou sua obòrisá.

Enfeito-me com a argola

Descalça vou ao terreiro

Pergunto: Painho D'Angola

Onde está meu justiceiro?

Valei-me meu Preto Velho!

Meu Pai e avô Cipriano

Preciso do seu conselho

Para o meu eu virginiano.

Eu lhe faço essa adurá.

Carregue todo esse oru.

Dai-me a sua àfaradá.

Pra o meu coração eru.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 27/02/2021
Reeditado em 27/02/2021
Código do texto: T7194548
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