Kaô! Rei de Oyó

Piso em rastro de cobra,

Meu sonho se torna pó.

No desvio dessa manobra,

Meu laço torna-se um nó.

Meu espírito se desdobra,

E apela para o rei de Oyó!

Valei-me meu Rei Xangô!

Invoco a sua justiça!

Sua força, ó Bade Nagô!

É a sua verdade castiça!

Suplico, ó Alafim! Kaô!

Cure o que me enfeitiça.

Vou preparar seu Amalá.

Em troca do seu Oxê.

Na pele do seu Afonjá,

Exclamo: kaô kabecilê!

Com o seu fogo meu Orixá,

Venha limpar meu Erê.

Socorre-me da abomó,

Imploro, ó meu Ogodô!

Me iludi com a okobó.

O mais vil dos orôs.

Típico de Ogum Oboró.

Livre-me do obocossô!

Imploro Xangô! Kaô!

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 20/12/2020
Reeditado em 20/12/2020
Código do texto: T7140352
Classificação de conteúdo: seguro
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