OIP.qOPFbAbe1_WRgfmofkigTgHaKw?w=115&h=180&c=7&o=5&pid=1.7
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E assim o poeta morreu.
Viveu imerso desilusão e desamor
Abdicou falar do doce da vida
Traçou sua torta, reta de despedida
Preferiu ser assim amargo e arredio!

Notabilizou-se por seu enorme talento.
Mesmo com o azedume de seu argumentos
Mesmo reconhecido e aclamado...
Cada dia mais sôfrego e isolado
Preferiu viver, morrendo assim!

Não se alimentava mais direito.
Amigos? Não!
Apenas seus escritos dolentes
Se fechou numa bolha em breu
De viver, sem saber, se esqueceu
Esquecendo também que respirava!

Mas um dia, numa noite entorpecente
...numa fria e descoberta noite de pesadelo
Leu seu nome estampando manchete em jornal

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Ali, como notícia principal
Que dizia, exatamente assim::
 Morre, na tenra idade, “o poeta do desamor”.
Aquele que exaltou, somente poemas de dor
...que parece ter esquecido de amar
...parece ter ficado cego aos prodígios de Deus
Aquele cuja amargura, salpicavam poemas seus
Então, assim morreu hoje “o poeta do desamor”!
 
~~~~~~~~~~~~~
 
EIS QUE  RESSURGE...
Acorda pra vida, suando líquido azedo, viscoso e frio.
Como se purgando de si, todo ressentimento
Se toca, se sente e percebe que vive, e que quer viver
Levanta bem rápido, prepara um café bem forte, quente e doce
Pega um caderno novo que nunca usou, velho de tanto guardar
Sai a rabiscar de tudo, tudo de bom que havia esquecido!
O sol, a lua, a terra, a serra, o mar e todo universo infinito...
...colorido, florido, azul e mágico que havia posto de lado
Promete serem suas ferramentas diárias e pra sempre
A Singularizar a Pluralidade de Deus.

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Nunca mais se abateu, facilmente
Nunca mais deixou de pintar de amor, seus poemas
Nunca mais deu vazão, a abrir portas ao desamor
Morreu, mas morreu velhinho e hoje vive pra sempre, 
Como uma estrela suspensa no céu, a vagar e luzir para nós!
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SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 20/12/2020
Reeditado em 21/12/2020
Código do texto: T7140326
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