DÁDIVA ETERNA
DÁDIVA ETERNA
Aprendo com o que me pertence:
a alma que pouco conheço;
mas o bom senso me ensina,
a sempre melhor me conhecer.
Como gosto de está comigo,
o que menos faço é ser ocioso;
e me uso pra fazer algo útil,
como absorver e semear amor.
Os retalhos oníricos que não
me servem, os arquivo no casulo
da alma; e após os aprimoro,
em novos sonhos circunstantes.
Tão difícil quanto conhecer-se,
é distinguir-se da vida física;
daí, a necessidade de aprender
a interiorizar-se, revelando-se
um ser que transcende o existir
carnal; aprendo com o que Deus
me doa pra ser eterno - o Espírito!
Da distinção entre o bom e o ruim,
o bem e o mal, me exemplo com
o que melhor me edifique. Deus
permite que eu erre, bem como
me corrija, em prol de meu ditoso
evoluir. O morrer é tão ilusório
que, quando o corpo dorme,
restaurando o vigor físico, existe
o ensaio desse morrer carnal,
quando o Espírito exerce a sua
projeção astral momentânea,
interagindo com os seus irmãos
espirituais. Então, no ensaio
da morte física, enquanto o corpo
dorme, o Espírito, por assim
dizer, treina sua vida no plano
espiritual eterno. Vida que encarna
em diversas vidas, com um corpo
que lhe é peculiar, o perispírito,
e com o qual aprende a depurar-se
durante as etapas evolutivas
nos dois mundos distintos,
usufruindo da precípua dádiva
eterna que Deus lhe doou:
o próprio Espírito!
Adilson Fontoura