Espírito de Iansã
Num dia de vento forte,
Fui ter com Mãe Iansã.
Pedi que a minha morte,
Não fosse numa hora vã.
Ô deusa das tempestades,
Da mente mais impulsiva.
Oriente as minhas vontades,
E me faz menos emotiva.
Me empresta a espada sagrada,
Suas vestes vermelho-escuro.
Me ensina estar preparada,
Com as rezas de esconjuro.
Com seus raios infalíveis,
E o rabo de cavalo bravo.
Faz meus atos imprevisíveis,
Enquanto essa guerra travo.
Contra os sonhos impossíveis,
Que fazem meu eu escravo.
Adriribeiro/@adri.poesias