Espírito de Iansã

Num dia de vento forte,

Fui ter com Mãe Iansã.

Pedi que a minha morte,

Não fosse numa hora vã.

Ô deusa das tempestades,

Da mente mais impulsiva.

Oriente as minhas vontades,

E me faz menos emotiva.

Me empresta a espada sagrada,

Suas vestes vermelho-escuro.

Me ensina estar preparada,

Com as rezas de esconjuro.

Com seus raios infalíveis,

E o rabo de cavalo bravo.

Faz meus atos imprevisíveis,

Enquanto essa guerra travo.

Contra os sonhos impossíveis,

Que fazem meu eu escravo.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 01/12/2020
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