AMIGO TRANSCENDENTE
AMIGO TRANSCENDENTE
Olho o sol,
na área
lateral da casa.
A poesia
me emana
da luz
matutina.
Olha-me e ri,
meu anjo
da guarda
sem asa.
Seu cheiro,
seu estar
espiritual
me fascina.
De seu pensar
angélico
flui a poesia,
que me
fortalece
com energia
benfazeja;
o fluido benigno
se espalha
na moradia,
deixando
no recinto,
a fragrância
florida que areja.
Às vezes,
algo me intui,
pelo simples
olhar,
como agora,
em cuja
visão solar,
gero poesia;
ou alguém,
como um
bom espírito,
a me edificar
com bons
ensinos,
que me
ofereçam
virtuosa valia.
Por trás
do olhar carnal,
há o olhar
espiritual,
que imagina
a maravilha
do poético
instante;
assim,
o poema
é feito
de modo
circunstancial,
mas claro,
com o auxílio
valioso
de um amigo
transcendente.
Adilson Fontoura