*Bilhete premiado
*Bilhete Premiado
A qualquer momento;
o vento sopra, a chuva cai!
De fome?
De fome a barriga ronca, dói!
A ferida sangra, incicatrizável!
A doença surge sem cura. Corrói!
A qualquer momento…
perde-se um ente, ganha-se outro.
Num constante vai e vem!
A qualquer momento, pelos dedos;
esvai-se o tempo.
Onde num piscar de olhos, vida que passa.
Traspassa… tal qual fumaça!
Ao tempo, pertence o tempo.
Numa simbiose que apenas a ele, convém!
A qualquer momento.
O inesperado adentra a porta, advém.
Impõe-se com autoridade.
Superioridade, severidade!
Não nos pergunta se aceitamos!
Nem nos dá espaços, para um amém!
A qualquer momento…
Os ponteiros do relógio em sua cronologia.
Podem cessar, ou ainda mais forte, e veloz; avançar!
Alertando-nos sempre;
” Bilhete Premiado”.
Cada qual em sua estação.
Norte, sul… Além!
Adilson Tinoco
O
Poeta das flores!
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