Meu Poema Profundo
Quando olho lá no horizonte,
Enxergo meus dias de outrora,
Nunca mais aquela fonte,
Que eu me banhava a qualquer hora.
Em um slide no meu cérebro, revejo
O albor da minha mocidade,
Tudo me vem como lampejo,
Familiares amados – só saudade.
Os amigos que se foram pelo destino,
Os que eu pensei que fossem amigos,
Ausentaram-se, com cruel desatino ,
Outros amigos eu tenho – doces abrigos.
Olho-me, no meu amigo espelho:
Quanta coisa em mim já se transformou!
Não digo que estou em desmantelo,
Mas, minha fisionomia muito já mudou.
As rugas que vem chegando,
É a minha vida em mutação,
A realidade vai se clareando,
Das pessoas, tenho real noção.
Nessa noção que não chegou agora,
Direciono-me, em preces e perdão,
Ao abandono em dolorosa hora ,
Onde não me deram palavra nem mão.
Estou, estamos em outra ocasião,
Um Tempo de medo e dificuldade,
Vou perdendo o medo e tendo evolução,
Penso sem medo, na futura eternidade.
É mister abrir minhas cortinas feliz,
Viver esses novos dias sem lamentação,
Nessa vida eu serei sempre aprendiz,
Estou me esmerando na lição.
As intempéries da Era, já sinto,
E que maravilha poder sentir!
Estou melhor como pessoa e não minto,
Estou polindo o meu existir.
Cada ser faz o que deseja,
Tenho que respeitar e não cobrar,
Que amem! É o que me alma almeja,
O que eu mais sei fazer é AMAR.
Sou! Somos! Somos as mesmas pessoas,
Do ontem, nesses dias, com modificações,
Não posso exigir de outrem, ações boas,
Todos tem o livre arbítrio nas ambulações.
Os olhos de emoções do meu interior,
Mostram-me, a contemporânea realidade,
É pânico, corrupção, abandono e dor.
Assim, em véus de calma busco serenidade.
O tempo vai passando...
Vêm as certezas e as limitações,
Estou a Deus sempre louvando,
Pedindo livramento das tentações.
Eu sei e saiba também,
Somos passageiros em peregrinação,
Precisamos mais e mais ser do bem,
Estamos nesse Plano em missão.
Somos etenos! Somos! Não morreremos!
Queria declamar para uma multidão esse poema,
Sei que eu e a humanidade padecemos,
Seremos fortes e com amor – esse é o lema.
A mocidade é bela e esplendorosa,
Uma época de semear, mas tanto sonhar...
E há confusão na vida gloriosa,
É preciso tempo para esse lapidar.
Nesse amadurecimento, outro olhar,
Outro sentir, outro viver...
Porque estamos aqui até a gente se mudar,
E lá na eternidade, felizes queremos ser.
Eu quero ter calma, aceitação...
Eu quero ter mais amor nas minhas ações.
Não é fácil! Há tanta tentação..
Não estamos sós nas nossas situações.
Em meio a esse caos de ojeriza e horror
Tenho amigos que me dão felicidade,
Tantas honrarias aqui e no exterior,
Tantas pessoas de bondade,
Minhas flores , filha e neta - puro amor.
Temos um Deus! Temos quitações!
Quero aceitar as Supremas Decisões.
Rosa Ambiance