Descobri-me

DESCOBRI-ME

Eu pensei num papel

Num lápis, numa cor

Em cada detalhe de minha vida

No sofrimento, no amor

Um poeta não chora

Ele vive no choro

No choro da alegria

Foi assim que comecei

A me alimentar desta poesia

Eu saciei um prato de sorriso

Que há muito tempo não havia

Eu vi o desabrochar de meu íntimo

Eu ouvi a música de meus momentos

Que há muito tempo não ouvia

Foi assim que me descobri

Em cada verso de convivência

Que descobri o sopro de um ar

Do verbo de minha essência.

Lucilene Nobre
Enviado por Lucilene Nobre em 09/11/2020
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