O BALUARTE DA FÉ
No consolo de tua paz eu descanso
Como um pássaro que no seu ninho aconchegante
Vem repousar de um jeito sereno e manso,
Aquecendo do frio de um mundo alarmante.
No resplendor de tua graça eu me elevo a cada dia,
Como uma águia que ganha nas suas asas fortaleza
Para alcançar os céus sem medo de planar em alegria
Enquanto olha de lá do alto a imensa beleza.
Na retidão de tua vereda eu entranho
Tal como uma ovelhinha em seu baluarte confiante
Que não se desvencilha do seu rebanho
Para não ficar a mercê de qualquer caminho vacilante.
No vigor de tua força eu me revisto
Como um guerreiro cuja armadura é resistente
Para suportar qualquer golpe imprevisto
Que anseia me tornar um ser fraco e desistente.
Mas se por acaso eu venha um dia a cair
Como um soldado em guerra ferido,
Quero que tu possas, meu redentor, me conduzir
Na linha da vitória com as preces de meu ser agradecido!
Em fé no meu Deus Onipotente eu quero viver,
Tal como um leão que, valente, só preza pela liberdade
De sobrepujar as vicissitudes que em vão tentam vencer.
E ser como os santos homens que almejam a eternidade.