A MONTANHA
Não é subindo a montanha
Que vou alcançar o céu
A verdade é soberana
Dispensa um aranzel
O mérito advém da escalada
Os desafios nos obstáculos
Segue no ombro a aljava
E o apoio vem do báculo
A fé é a força que me leva adiante
É o que eu preciso para ser forte
O que almejo estará ao alcance
Quanto seguir este mote
O quão é íngreme o ascenso
Tomado por pedras e espinhos
A mão cortada envolta no lenço
E no desalento eu só procrastino
Quando não tiver mais sandálias
Que meus pés não criem raízes
Liberte-me do corpo de palha
E de todas vãs crendices