Ermos caminhos
*Ermos caminhos
Hoje vago, caminho ao léu.
Percorro vias, sendas tortuosas.
Vivo quimeras, ilusões fantasiosas.
Pregresso, vivo sem rota, sem itinerário.
Mascaras caem, em vão doutrinário.
Língua afiada, olhos cegos.
Frases sobrepostas.
Pago para ver.
Não jogo, não aposto!
Palavras desconexas não atribuídas;
ao dicionário!
Vivo sem rumo, sem rota, sem nota.
Meu endereço é a rua, o banco da praça!
Tranquilo, sem somas no bolso, pago o preço.
Amargo ou agridoce, nada mais me importa.
É o tempero da vida.
Quem vive, suporta!
Depois do viver, morrer;
É o endereço!
Adilson Tinoco
O Poeta das flores!
Readaptado em 17/04/20