Outro Exilado

Outro Exilado

Sou entorpecido pelos poderes em mim

Meu canto é para erguer ou para destruir

Eu não me aliei a nenhum credo absoluto

Para viver a liberdade deste vasto mundo

O cajado da morte não pesou sobre mim

Afugentada, seguiu à ceifar outras regiões

Eu já vi todas as portas para o imaginário

Atmosferas colidindo nas correntes do ar

Potestades que se alimentam de homens

E o que resta são casas vazias, atribuladas

Carrego mais cicatrizes do que bandeiras

Guerras e opressões nessa era tenebrosa

Mas vi o desabrochar de crianças e rosas

E ali eu chorei e gritei: Esperança na terra!

Não posso falar do futuro que se achega

Mas digo que os anjos o chamam de Lar

Digo que os passarinhos que voam aqui

Não se aproximam dos esplendores de Lá.

@c.vict0r

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 07/04/2020
Código do texto: T6909833
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