Outro Exilado
Outro Exilado
Sou entorpecido pelos poderes em mim
Meu canto é para erguer ou para destruir
Eu não me aliei a nenhum credo absoluto
Para viver a liberdade deste vasto mundo
O cajado da morte não pesou sobre mim
Afugentada, seguiu à ceifar outras regiões
Eu já vi todas as portas para o imaginário
Atmosferas colidindo nas correntes do ar
Potestades que se alimentam de homens
E o que resta são casas vazias, atribuladas
Carrego mais cicatrizes do que bandeiras
Guerras e opressões nessa era tenebrosa
Mas vi o desabrochar de crianças e rosas
E ali eu chorei e gritei: Esperança na terra!
Não posso falar do futuro que se achega
Mas digo que os anjos o chamam de Lar
Digo que os passarinhos que voam aqui
Não se aproximam dos esplendores de Lá.
@c.vict0r