ENQUANTO ALIMENTO A ALMA
Penso em meu tempo...
A vida que me levou...
Para o meu momento,
Entregar-me numa flor!
Eu a imaginar os verões,
Estes de dezembro,
Cuja leitura é o convite,
Da perfeição do amor.
E num banquete a tocar a música,
Lírica pela harpa do anjo meu,
Sair da caverna de Platão,
Enxergar a luz sublime,
No qual o véu tirou a sensação,
Jogando-me na escuridão.
Quero, pois, ter o diálogo,
Sempre sendo representado
Em poemas tão vivos,
Desejando não ver os versos livres,
Mergulhados no cheiro da sua própria morte.
Penso enquanto alimento a alma,
Do vinho a qual transpassa quem sou,
Mostra a verdade em si mesma,
Direcionando os passos que tenho,
Até chegar ao néctar do amanhecer,
Ouvindo as canções xamânicas.
Então, entro em um no interior
Do mar a lavar minha cabeça,
Com o óleo do livro eterno.
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13/03/2020.