ENQUANTO ALIMENTO A ALMA

Penso em meu tempo...

A vida que me levou...

Para o meu momento,

Entregar-me numa flor!

Eu a imaginar os verões,

Estes de dezembro,

Cuja leitura é o convite,

Da perfeição do amor.

E num banquete a tocar a música,

Lírica pela harpa do anjo meu,

Sair da caverna de Platão,

Enxergar a luz sublime,

No qual o véu tirou a sensação,

Jogando-me na escuridão.

Quero, pois, ter o diálogo,

Sempre sendo representado

Em poemas tão vivos,

Desejando não ver os versos livres,

Mergulhados no cheiro da sua própria morte.

Penso enquanto alimento a alma,

Do vinho a qual transpassa quem sou,

Mostra a verdade em si mesma,

Direcionando os passos que tenho,

Até chegar ao néctar do amanhecer,

Ouvindo as canções xamânicas.

Então, entro em um no interior

Do mar a lavar minha cabeça,

Com o óleo do livro eterno.

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13/03/2020.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 13/03/2020
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