AS VEZES
As vezes, eu erro, como um ser humano comum que sou...
Faço dos meus desacerto um colar de aprendizado.
Choro também, como alguém que solta o carpido num gemido soluçar...
E sufoco meus queixumes no cume
Do meu ser, fazendo fenecer em mim
As últimas esperanças....
As vezes me culpo quando a causa é minha.
E abraço-me ao espelho como se o retrato não fosse o abstrato do meu eu...
Sinto pena de alguém que não tem dó, também...
É um sentir inexplicável, anfigurico sem igual.
As vezes me entristeço, mas, a melancolia não pode invadir a alegria do meu âmago. Trago-a mil vezes que puder solve-la, evitando contagiar pessoas que amo...
As vezes, olhando o mar, no centro do oceano , vejo Deus ,flutuando de querer-me bem. E chego a me emocionar como ninguém
Áurea de Luz