Consciência
Quando eu nasci esqueci pra que vim
Na mente
E a família contente sorria
Agia como se eu estivesse chegado naquele instante
Enquanto crescia, aceitava, acreditava na palavra
No que via
No que havia por onde passava e
Me contaminava
Verdades não existiam e a história registrada
Se apagava, se desgrudava do corpo próprio
E o improprio pra que vim se perdia
Enquanto eu acreditava que crescia, engolia
O que era indigesto , cuspia palavras improprias
Agia contra a Palavra
No salve e delete do que há de ter , o consciente
Estacionou-se no meio fio
Meio delirante meio meliante meio inconstante
Agora a consciência se aquieta e busca o regresso
O registro do porque de estar aqui
Buscando alinhar-se com o Verso
O verso é manco, torto, rouco
O verso não é grito
E se curva no silêncio
Frente e Verso