Ecos - Verdades às Avessas - LVIII
Minha mãe,
minha adorável mãe,
dai-me força
para que eu morra
em meus egoísmos
camuflados de boa ação,
Minha mãe,
minha adorável mãe,
dai-me humildade para
eu compreender
que sou apenas
uma frágil rosa
que sem ti não
consegue vencer,
Minha mãe,
minha adorável mãe,
queima em mim
todo apego que se
faz dor,
Minha mãe,
minha adorável mãe,
ensina-me a morrer
em cada verbo que
mata,
em cada ato que
me destrata,
em cada agir
que a mim e ao
outro maltrata.
Minha Mãe,
minha adorável mãe,
queima as vestes
e o palco do meu
teatro nu,
Minha Mãe,
minha adorável mãe,
recolhe-me na sua
sabedoria e me
liberta de mim
mesmo, amém.