Monotonia do reconhecível

Não descobri seu mistério.

não tive tempo,

condimento estancado.

Não descobri,

colibri arisco.

Barbitúricos telúricos na estante

e o instante se esvaziou.

Onomatopéico rebimbar no peito,

que pedra,

não sente.

Não descobri seu mistério

por ser meu

o enigma que talvez sei.

Aceito

azeite

açoite.

A noite não poluiu minha esperança.

Contradança?

Não sei dançar no salão dos engulhos.

Se ainda acredito em Deus?

Chove lá fora

e as folhas estão vistosas.

Lágrimas iridescentes,

opalas na tez das plantas,

pés plantados no barro

e suas garras no compartimento cardíaco.

Anatomia inversa.

Sim, Deus é coração.

E o enigma não dói como antes.

Incidência,

como és monótona...