ALMAS FALANTES

ALMAS FALANTES

O silêncio da noite me fascina,

porque não o sinto na superfície terrestre;

mas nos espaços celestes entre os astros,

onde muitas vezes viajo

como alma desdobrada,

sentindo a alegria da vida espírita pacífica.

Visito a morte no silêncio eterno da vida,

onde se ouvem as vozes sutis

de seres espirituais desencarnados;

e porque não morri ainda,

ensaio a minha voz no silêncio fluídico

que Deus há-de me presentear

no porvir de minha eternidade.

Não há silêncio na morte ou depois dela,

porque as vozes das almas mortas

aclamam o triunfo eterno de suas vidas;

e a alegria que prevalece

na vida espírita momentaneamente

livre, é ensaiada pela minha alma,

em meio a plêiade de nobres espíritos,

de cujos risos,

fluem sutis silêncios consoladores.

Prefiro o silêncio da morte

ecoando sua voz na eternidade espírita;

porque do outro lado da vida,

a morte fala pelo silêncio aparente;

onde inexiste o morrer silente,

mas o eterno viver das almas falantes.

Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 12/02/2020
Código do texto: T6864342
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