Memórias de Sarayu
Memórias de Sarayu
O chão é desmedido
E o vão desnivelado chama-se terra.
No espelho o reflexo
Da face das águas semelhante ao céu.
Lembro bem do breu,
Nenhum ser além de mim na vacuidão.
E os pilares do mundo,
Onde nada era antes dEle e a palavra.
Nisto surgiu tudo que vi
Eu, perene, vi a fundação do cosmos.
Quando a palavra se deu
Ali também cooperei nos rudimentos.
E como Disse – haja!
E o tempo conta como tudo existiu.
Cronos é o seu nome humano,
E a vida é a sua amada companheira.
Todo ser que vive
É um fruto desse amor sobrenatural.
@c.vict0r