Única salvação

Estou sangrando...

Os pulsos esvaindo em gotas.

Tão torrenciais quanto à chuva de verão,

O meu espírito se perde.

Em meio à tempestade,

Pela vastidão da escuridão.

Não há razão e nem o porquê,

Para prosseguir.

Em meio a duvidas, nada da resposta...

Não tenho como arguir.

Estou caindo...

O meu corpo jogado ao chão.

Posso vê-lo através do espelho,

Envolta numa poça de cor vermelha.

Sinto as forças se esvaindo,

O coração desacelerando.

As pulsações cardíacas diminuindo.

Lentamente o seu ritmo.

Posso vivenciar com todo realismo,

O liquido percorrendo em toda direção.

Estou agonizando...

Por que será que ainda estou aqui?

A minha respiração cada vez mais lenta.

Então, venha me buscar abra a porta.

Que me separa do seu mundo.

Leve-me embora, leve-me daqui.

Não vê que já estou morrendo?

Neste lado as pessoas são frias, preciso de calor.

Desejo não mais vivenciar a dor do desamor,

Traga-me o alivio... Dê-me o teu amor.

Estou me desesperando...

Necessito ir ao teu encontro, esta é a decisão.

Está parecendo que não quer segurar a minha mão.

Quantos minutos de agonia terei que suportar mais?

Em sussurros esvaindo e também de dor, os ais.

A letargia física não supera a dor da alma.

Carregue meu perispírito sem alguma calma.

Faça brotar novamente um sorriso nos lábios.

É isso que desejo desde o início...

Preciso que me enxergue com exatidão.

Estou sangrando...

Caindo...

Agonizando...

Desesperando...

Sem a tua presença,

Dê-me um pouco de esperança.

Leve-me em tua direção,

Não tenho a certeza,

Mas posso ver com clareza...

Que é a única salvação.

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 27/12/2019
Código do texto: T6827864
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