Grito seu nome
Este palco diante de meus olhos
Cortinas de veludo carmim tocam o chão
Na calçada ao lado o saco plástico cobre alguém
O artista no palco sorri diante os aplausos
Na rua alguém implora um olhar.
Dentro de mim um não calar!
Toda minha voz muda grita seu nome
Quantos cenários você apresentará?...
Sou caminhante nos passos da revolta
Não me encerrem as cortinas!
Te nego aplausos,
Estenda o cobertor a quem tem frio
O prato da sopa...
Encaro o autor no palco,
Sua arte não me convence.