AREIA ANTE ONDAS & VENTOS (Gratidão ao RL pelas 10 mil leituras)

O didatismo das ondas do mar,

Aos afagos aplainam a areia,

Cuja superfície teimosa,

Afeita ao livre e tosco poetar,

Não entende o que clareia

A sua poesia venenosa ...

Os ventos auxiliam no trabalho

De compor sua compostura,

Mas ela, a areia, dada a atos falhos,

Também dispensa sua ternura.

Onda atua persistente, infinda;

Vento só flutua por coisa de momento

E a areia insiste em teimar, ainda

Ri das ondas, ri dos ventos...

NOTA: Dedico este poema a todos professores de rede pública.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 24/07/2019
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