GUARDIÃO DA MATA
Poema escrito para a tela PASSARINHO, do artista Alcir Dias, na exposição da 29ª edição do evento Arte de Portas Abertas, em Santa Teresa, RJ.
Corre, corre
Aponta a flecha,
Corre, varre o caminho,
Acha espaço na floresta
Encontra árvore tombada
Encontra o homem mesquinho
Flora arrasada entre as veredas,
Ganha asas: passarinho!
Floresta em arte transmutada
Arte transmutada pela avareza
Destruição da vida, esgotamento
Sem verde, sem ar...
Lamento...
O arqueiro se apressa
Anda livre, leve solto...
Passa a flecha, segue a força
Leva o encanto, encanto refaz
Recolhendo as dores do caminho
Rápido,
Certeiro,
Sagaz
Guardião atento, espreita o perigo,
Conhece a urgência que a distopia traz.
(Stella Motta)