SENDAS POETICAS

SENDAS POÉTICAS

Quando me ocorre

eventualmente

escrever algum poema,

não ouço

nenhum ruído

do ambiente exterior;

no entanto,

dentro de mim,

o silêncio

fala-me de algum tema

existencial,

que vai ser abordado

no texto inspirador.

Os versos deslizam

pelas ondas fluídicas

silenciosas;

e materializam-se

pelas mãos,

sobre a folha

branca virtual;

bem contente,

minha alma delineia

as sendas

poéticas imaginosas;

que brotam decerto,

de seu peculiar

artifício espiritual.

Foma-se a linguagem,

a partir

de fagulhas espirituais;

emanadas por anjos,

habituados a paz

dos silêncios estelares;

a linguagem

poética enche-se

dos labores

transcendentais;

e não remata o poema,

antes que o poeta

decida seguir

pelas sendas exemplares.

Meu corpo não dorme.

Está desperto.

Ainda não ouço

um mínimo de ruído.

Sinto que,

é como se dormisse;

porque enquanto escrevo,

minha alma

está alheia a realidade

carnal que me cerca.

De súbito,

perco a leveza

perispiritual,

que me permitiu

sair por alguns instantes

do corpo físico;

volto a sentir

os ruídos habituais

do cotidiano.

Por fim, olho pra

folha virtual

e me deparo contente,

com mais

um poema pronto,

que escrevi

enquanto estive

em transe mediúnico.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 21/07/2019
Reeditado em 21/07/2019
Código do texto: T6701272
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